terça-feira, 7 de julho de 2009

passarela


Começamos pedindo um cigarro.

Alegria era a mais linda vista

em seus olhos
Remoto.


As passadas eram compridas e


desalinhadas


Corríamos e não havia o que nos parasse

Caímos de cara na lama

Uma delícia
Foi divino o que aconteceu ontem. Era o Vai Quem Quer. Iam dezenas. Centenas cintilavam. Pareciam que estavam bem acomodados, numa espécie de lavatório humano, despregando toda fantasia - tanto estomacal, quanto espiritual. Desalinhados iam seguindo o som da banda, da água e da gelada. Atrás das bundas cintilantes e das remendas.
Naquela tardizinha fria, dali sobre a rua, numa sacada jogamos água na multidão que rolava na calçada, feito querendo se empanar. Todos rolando, girando e balançando os pés e as mãos como se dançassem. Num remelexo desconexo e bêbado. A musica não podia ser diferente, soava estranho por que eles batiam com os instrumentos no chão na hora de girar com o corpo, pois, na certa, eles abiscoitariam métodos para tal façanha. Giravam com trombones, saxofones, trombetas, clarinetes e cornetos, linearmente e, sem sacar a boca da sua função destorciam suas goelas. Era lindo. Todos gritando. Bêbados e girando um por sobre os outros, desesperados e felizes. Aquela cena esborniante me fez refletir sobre um dia. Dia claro,pois é, calor. Dia de Vai Quem Quer. Eu, Joel, Julia, Rodolfo, Mara, Jonas e Flávia florzinha. Lá embaixo, na rua com uma porção de gente rolando -todos bêbados- giravam mais rápidos, embora não adiantava muito, pois, a medida que aumentava a velocidade, desalentava a diminuir os espaços restantes de pele em seus corpos. Os músicos tinham mais sorte. Hora eles estavam no chão, hora suspenso no ar. Isso devido ao cumprimento de não para de tocar um segundo se quer. Eles giravam e, executando o movimento de ficar de brussu erguiam-se por sobre os instrumentos. Por isso se machucavam menos. No entanto eles não ficavam bêbados, e é nesse ponto da história começa. Um dia, um cara da banda, num desses Vai Quem Quer, tocava clarinete, lembro ter observado esse cara passar toda a rua, ele girava igual aos outro da banda, porém, ele não tocava. Lembro de ver teus assopros, mas não ouvi o som do teu instrumento. Aí percebi que ele fazia o movimento avesso. puxava, em vez de espargir. Aflito, não comentei nada. Ele estava bebendo toda cerveja que ia caindo dos copos do folião. A rua estava a uns três dedos mindinhos inundados de cerveja. E um dia desses, as pessoas começaram a ir ao Vai Quem Quer rolando. Então o prefeito Peixoto e o secretário de transporte Jair decidiram ajeitar um jeito de por caninhos minúsculos na rua, assim e, conforme o girar da pessoa, aplicar uma boa puxada, ficado assim, um pouco mais bêbado, um pouco mais feliz.Entretanto, sabe-se lá o que sucedeu, entupiu todos os caninhos por um minúsculo tempo e, de repente, aquela manadeiro de cerveja.

sábado, 4 de julho de 2009

de baijo dela


É certo que posso sentir algo de aflito, pedindo ajuda, naqueles gemidos incessantes, meio que dentro dos ouvidos ardidos de reclamar da vida., esperneava e, um dia foi que mais do jeito pertente que um dia foi se esparramar. Repetia e repetia. Era feito também de tudo o que era de choro.Eu deitava na cama e ali ficava durante alguns minutos, levantava meio sonolento e ia fumar um cigarro.Nela de tudo incomodava, enquanto mais de tudo que eu dizia, ela espreitava a cada palavra mal colocada. Mal como talvez fosse mesmo.Imaginava que para ela, nada mais a fazia fazer algo, pouco desse nada era feito de impulso de satisfazer este me gero de nada.Quando ali deitado permanecia, gostaria muito de gritar com ela e saber se ela queria falar sobre sua suposta morte, da qual ela expressava acultamente à tanto rumor, nas noites frias de gemidos e chorinhos relutantes. De dia ela era um pouco mais de carecida, mas esses dias foram diminuindo e, um desses chegou a ser de nenhuma.Cheguei até dispersar sua atenção com pulos e, ao invés de sua moral fingida, a fumar maconha.Dei pulos pela sala e pelo quarto como que se estivesse eu a andar normalmente pela casa de minha vó.Fumei da bendita para assim mesmo me fazer preocupar com, senão, com a maldita vida.Vi naquele olhar triste, durante poucos instantes, sua força lá no fundo, uma vontade de querer mesmo toda a situação que um dia reduziu, e que uma vez diz ser do lado errado ou que estava errado. Quando não escutava seus então rumores minguantes, desisti.Mas dum jeito placenta. Deslocando num deleito que não existe. De um jeito de interagir mal colocado.Esqueci de sua voz e permaneço, hoje, fingindo escutar seus chorinhos milagrosos.Sentado no sofá ao lado da minha , ainda viva vó, pergunto-lhe o que seja aqueles gemidos vindos dos fundos e minha vó responde babalciando coisas que me gero outros gemidos ininteligíveis . Não entendo.Pergunto-me então, que se para ela foi de mesma intenção. De mesma ignorância absurda de mal querer melhor entender o que, talvez, já se sabia. Pois um dia, mais de um deles, foram feitos de uma alegria incrível, desperto mesmo de umas alucinações irrepresentantes.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

rapidinho

eu espero ser de doído assim mesmo como estar sendo.
é como aqueles dias que quando você vai cagar,
cansado, e já cheio do dia e das tais portas para se abrirem durante estes, de que quando
você senta no vaso, olha pro chão e para.
chora mas não sai lágrima e para.
chora mais um pouco e vê que não sairá lagrima, e logo para de novo.
daí, ainda sentado no vaso, espreita um ponto qualquer no chão
coisa esta qualquer coisa mesmo, desperto, começa a ir
num lugar mesmo, neste e quando for em um outro mundo desperto.
mais adiante deste lugar que eu devo ir.
e é quando eu sento alí que me sinto não neste lugar, mas mesmo muito além deste, que quando
não espreita uma noção que se quer, quem sabe só em vênus.
pois esse ponto qualque que eu espreito não só é um ponto, mas também u m método que comcentraçãopara a merda sair mais feliz, daí, você esquece tudo e caga